terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dia 2 - Pior impossível...ou não.

...quando a encontrei, ela estava trêmula, mal conseguia segurar sua faca que já estava suja de sangue. Perguntei seu nome e ela balbuciou algumas sílabas que não pude compreender, pergunto mais uma vez e agora em sua segunda tentativa ela consegue soltar uma palavra completa..."Elisa". Ela parecia ter pouco mais de dezoito anos de idade, estava toda suja e com alguns machucados o que me sugeriu que, assim como eu, ela lutara muito para permanecer viva até agora. Começo a conversar com ela para que possa perceber que não sou um "deles" e logo ela se tranquiliza. Agora sentados um de frente para o outro começamos a nos conhecer melhor. Contei para ela minha história e logo ela começou a me contar a sua.

"Estávamos todos reunidos como de costume na casa de minha avó, meus pais e minha irmãzinha, sentados a mesa prontos para a refeição, quando de repente se anuncia na TV sobre um acidente não muito longe dali, como meu pai era bombeiro e um bombeiro dos bons, logo quis ir prestar ajuda...(nesse momento seu olhos começam a lacrimejar, mas ela continua)...minha mãe insistiu para que ele não fosse, mas meu pai sempre fora muito prestativo e não poderia deixar de ajudar e essa foi a última vez que o vi...pelo menos que o vi com vida.
     Uma hora havia se passado desde que ele saiu e minha mãe começara a ficar preocupada, então nós ouvimos um barulho na porta e todos corremos para receber meu pai, pois só podia ser ele, minha mãe abriu a porta e logo soltou um grito de dor quando aquela coisa que eu não podia mais chamar de pai agarrou seu braço e com uma mordida arrancou um pedaço de carne dele. Minha avó ficou em estado de choque, mas logo se recuperou e tentou ajudar minha mãe, foi em vão, pois ela também foi mordida por aquele verme nojento.
     A única coisa que preocupara naquele momento era tirar a minha irmã daquela casa, peguei em seu braço e corri para a porta dos fundos, ao passar pela cozinha peguei a faca e então saímos, talvez tenha sido a coisa mais estúpida que eu tenha feito na vida, mas se ficássemos, talvez nem estaria viva. A rua estava cheia dessas coisas. Corri com minha irmã sem saber para onde ir, ficamos sem saída, nos vimos cercadas, então eu notei uma pequena abertura na parede e pedi para que ela entrasse, afinal eu não cabia lá, disse que voltaria para busca-la, ela chorou não queria, mas viu que não havia outra maneira. Assim que ela entrou, eu corri para bem longe chamando a atenção daquelas criaturas e por fim eu parei aqui."

Depois de ouvir sua história, perguntei se ela não iria atrás de sua irmã, ela disse que sim e então decidi ajuda-la, pois a situação não poderia ficar pior...nesse exato memento nós ouvimos eles entrarem porta a dentro, corremos para a saída, quase fomos pegos mas conseguimos fugir, agora só nos resta saber por quanto tempo ainda teremos de viver assim...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

No início

Eu já não sabia mais para onde correr, eles estavam por toda a parte e todos meus suprimentos haviam se esgotado.
     Atravessei a rua o mais rápido que consegui, minha perna estava ferida e doía muito, me cortara em um pedaço de vidro enquanto fugia desses malditos comedores de cérebro. Entrei em um pequeno bar para ver se encontrava alguma coisa que me pudesse ser útil, e para minha surpresa não havia nenhum deles lá dentro. Caminhei até o balcão, estava uma enorme bagunça, todo sujo de bebidas que provavelmente estavam sendo degustadas um pouco antes do ataque.
     Comecei então minha busca por armas, munição e bebidas, afinal no caos em que o mundo se encontra, só mesmo estando embriagado. Nem parece, mas fazem apenas dez horas desde o primeiro incidente, antes disso, tudo estava tranquilo, eu estava em casa com minha namorada...sinto tanto sua falta, estávamos tranquilos em casa quando de repente surgiu um forte barulho vindo da cozinha.           Ela decidiu averiguar, embora eu tivesse certeza que era aquele gato pulguento aprontando mais uma das suas, Suzan não quis me ouvir, continuei então sentado assistindo TV. Passado alguns minutos ouvi ela gritar, dei um pulo do sofá e corri em direção a cozinha e esse foi meu primeiro contato com esses vermes malditos. Lá estava ele, arrancando um pedaço do pescoço de Suzan, última coisa que ela disse antes de morrer foi meu nome ''Jhon''.
     Fiquei descontrolado, peguei a primeira coisa que encontrei em minha frente, se não me engano era uma panela de pressão, e acertei a cabeça daquela horrenda criatura, ele caiu e eu continuei acertando-o, eu já sabia que se tratava de um zumbi, afinal no mundo em que vivíamos esse era o assunto mais comum nos blogs e redes sociais e o fato de saber o que era me deixou mais triste, pois já sabia o que teria que fazer com a Suzan.
    Depois disso, corri por muitos quilômetros em busca de alguém que não quisesse devorar minha carne, mas foi totalmente inútil. Depois de tanto correr cheguei aqui nesse bar. Estava com um pouco de sorte, pois encontrei uma arma e a mesma estava carregada, provavelmente o dono do estabelecimento nem teve tempo de pega-la. Ouço um barulho vindo da porta que ficava logo atrás de mim. Saquei a arma, embora evitaria atirar, pois eles poderiam me ouvir, abri a porta lentamente e vi uma silhueta passando, mas estava muito rápido para ser um maldito zumbi. Chamei por alguém e logo surgiu por entre as caixas de bebida que se encontravam caídas uma figura feminina, ela estava assustada e segurava uma faca, fiquei feliz pois agora eu não era o único.

Dia 4: Reencontros

     A noite estava sendo longa, a imagem da Tomoko levando aquele tiro não saía da minha cabeça. Resolvi então me levantar e fazer a rond...